terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Boas festas

(imagem retirada da internet)


Estou out para descanso, volto para o ano.

A todos umas Boas Festas com muita saúde e trancadas das boas.


terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Entrevista de emprego - Parte 1


(imagem retirada da internet)

Já estava desempregada há alguns meses. As minhas poupanças estavam a acabar e eu precisava urgentemente de arranjar um emprego. Tinha acabado de conseguir marcar uma entrevista para um trabalho de secretariado numa empresa de transportes.

Tinha de me esforçar a sério! Tratei de arranjar um conjunto bem apropriado para o trabalho: camisa branca, saia subida com cinto largo e um sapato preto clássico. Cabelo apanhado e uma maquilhagem bem suave. Nada de exageros!

A sede da empresa ficava mesmo no centro de Lisboa. Odiava a ideia de ter de apanhar transportes todos os dias, mas não podia estar a ser exigente agora. Além do mais, nem sabia se iria ser seleccionada.
A entrevista era às 10h, cheguei 20 minutos antes, como é meu hábito, e de bom-tom. Apesar do meu bom hábito, já lá estavam algumas candidatas, supostamente deveriam de ter sido entrevistadas às 9h. Boa…estava tudo à espera. Aparentemente o director dos RH estava preso no trânsito, e bastante atrasado. Ouvi uma senhora que lá andava a organizar aquilo, informar que o Dr. Pereira já tinha entrado no edifício e que iria começar as entrevistas o quanto antes. Fui junto da senhora confirmar a ordem das entrevistas, concluí que era a última de 5 que ele iria entrevistar de manhã, portanto, podia ir à casa de banho à vontade aliviar os nervos.

Quando regressei à sala de espera já tinha entrado a primeira candidata, fiquei aliviada por finalmente ter começado, assim já só faltavam 3 para chegar a minha vez. Queria despachar logo aquilo.
Passados 15 minutos a porta da sala do Dr. Pereira abriu-se e iria sair a primeira entrevistada. Deu para ouvir a voz da pessoa que estava perto da porta…parecia um homem bastante jovem, apesar de ter uma voz grossa. A luz do sol que vinha de dentro da sala não deixava ver nitidamente o rosto da pessoa que estava a porta. Percebi que era jovem, moreno e que estava a olhar para mim, fixamente. Tentei focar melhor a sua silhueta, sem parecer uma velha pitosga. Aquele rosto parecia-me extremamente familiar…

A segunda candidata entrou na sala. O Dr. Pereira fechou a porta, lentamente, e eu de olhos postos nele. Quando esta se estava mesmo quase a fechar, e tapou toda a luz, consegui ver melhor o rosto que me fitava: um sorriso perfeito, aquela boca carnuda. Não podia ser! O meu coração disparou como uma flecha e comecei a suar frio. Levantei-me e fui ao balcão, onde estava a assistente, e perguntei, sem pudores, qual era o primeiro nome do Dr. Pereira, ao que ela me respondeu: “Filipe”. Sorri educadamente e agradeci. Voltei a sentar-me no meu lugar anterior e dei por mim a engolir em seco, a agitar a perna freneticamente e a brincar com os polegares, a desenhar círculos em volta um do outro. Tinha de pensar num plano para me pirar dali, mas ao mesmo tempo estava com a corda no pescoço e precisava de ao menos tentar. Respirei fundo e jurei que ia tentar ficar para a entrevista, ou pelo menos o tempo que conseguisse aguentar até lá.

A segunda candidata saiu da sala, acompanhada por Filipe e ele aguardava, junto à porta, que a terceira entrasse. Fitava-me com aqueles olhos castanhos, aquelas pestanas que lhe davam toda uma profundidade e mistério no olhar, um sorriso disfarçado no canto daquela boca deliciosa. A porta voltou a fechar-se e todo o cenário do nosso primeiro encontro se aflorou na minha cabeça. Toda aquela loucura de dois desconhecidos, aquela fúria com que ele me possuiu contra a porta do quarto do motel, sem mal me deixar entrar e sem ao menos me dizer olá. Senti-me a ficar molhada só de pensar naquele homem com as suas mãos sobre o meu corpo novamente, a percorrer-me com todo aquele desejo. Senti-me arrepiar quando quase pude sentir a sua boca passear-se no meu pescoço, nos meus seios.

(...)

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Nas tuas mãos


(imagem retirada da internet)

Miguel e Sofia já não se viam há cerca de 10 anos. Tinham-se conhecido no tempo da escola, mas os cursos da vida acabaram por se afastar bastante, durante muito tempo. Numa manhã haviam-se cruzado num corredor do centro comercial, cumprimentaram-se alegremente. Tinham algum tempo livre e foram ao café meter a conversa em dia.

Miguel maravilhava-se com os densos olhos verdes de Sofia enquanto esta lhe contava que o marido se encontrava a trabalhar fora do país já há alguns anos. Ele sempre a desejara, mas nunca teve coragem de o dizer, agora ela estava casada…

Trocaram confidências como se os anos nunca tivessem passado, numa rápida conversa de café voltaram a reavivar aquela amizade que sempre tiveram desde a juventude.

Miguel tinha de ir trabalhar e Sofia comprometeu-se a fazer um jantar em sua casa para o receber, ainda nessa semana. Miguel ficou ansioso por receber notícias, e vieram antes do esperado. Nessa mesma sexta ela enviou uma mensagem a convidá-lo para o jantar nessa noite, ele respondeu que levaria o vinho.
Às 20h em ponto ele bateu à porta de Sofia, ela abriu e ele entrou, sem cerimónias, deu-lhe dois beijos demorados no rosto e entregou a garrafa. O jantar estava pronto e sentaram-se à mesa a conversar, sem estranhezas.

Depois de alguns copos de vinho, Miguel continuava perdido nos olhos verdes de Sofia, até que acabou por confessar, por entre alguns pedidos de desculpas, que sempre se sentira atraído por ela, e mais ainda agora que estava ainda mais bonita e elegante. Sofia baixou a cabeça e corou, acabando por confessar que também sempre sentira um fraquinho por ele, mas que se sentia muito mal por ainda o sentir. Era uma mulher casada agora, apesar de  o marido estar longe a maior parte do tempo.

Miguel levantou-se e pegou Sofia pelas mãos, levando-a para a sala, sentiu-a tremer, sentiu que ela, apesar da atracção, não se sentia confortável com aquela situação.

Olhou-a no fundo dos seus olhos verdes, segurou o seu rosto com ambas as mãos, delicadamente, Sofia fechou os olhos e sentiu os lábios molhados de Miguel a tocarem nos seus, suavemente, sem pressas. Sofia entregou-se ao momento e passou uma das mãos por entre o cabelo da nuca de Miguel e correspondeu ao beijo, um pouco mais sofregamente.

Miguel encostou-a à parede, devagar, enquanto continuava a beijá-la e desapertava o seu vestido floral que amarrava atrás do pescoço. O vestido deslizou sobre o busto de Sofia, deixando o peito a descoberto. Miguel não perdeu tempo a contempla-os demasiado, segurou ambos os seios com as mãos e começou a beijá-los. Ele sabia que aquele momento não iria durar muito, nem poderia ir até ao fim, mas tinha de aproveitar enquanto Sofia deixasse.

Ele beijava ambos os seios dela, lambia levemente e sentia os mamilos intumescer dentro da sua boca, enquanto ela, com os olhos fechados, mordiscava o próprio lábio e continuava agarrada aos cabelos da nuca dele, apertando suavemente.

(...)